Quais são as possíveis limitações e contraindicações do exame do Potencial Evocado Auditivo do Tronco Encefálico?
O Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico (PEATE), conhecido pela sua sigla em inglês BERA, avalia o percurso do som desde a sua entrada no ouvido até a chegada no tronco encefálico, tendo como objetivo analisar a integridade das vias auditivas.
Esse exame verifica também o nível de audição de crianças afetadas por condições genéticas ou que apresentaram alterações no teste da orelhinha.
Quando é indicado?
Apesar de também ser indicado para adultos, o potencial evocado auditivo de tronco encefálico é um exame solicitado frequentemente para bebês e crianças com algum sinal de deficiência auditiva, quando há risco de perda de audição devido às condições genéticas, como a Síndrome de Down, ou quando existe algum tipo de alteração no teste da orelhinha, realizado logo após o nascimento.
O PEATE é pedido ainda para bebês:
- Prematuros;
- Que nasceram com baixo peso;
- Que tiveram icterícia;
- Que permaneceram na UTI;
- Que utilizaram ventilação mecânica;
- Que necessitam de fototerapia;
- Que usaram certos antibióticos, entre outras situações.
Ele confirma o diagnóstico de perda auditiva em crianças e adultos, investiga a causa de zumbidos e detecta a presença de tumores nos nervos auditivos.
Como o exame PEATE é realizado?
O PEATE é feito com o auxílio de eletrodos de superfície fixados na testa e atrás da orelha do indivíduo, para captar a atividade do nervo auditivo e das estruturas do tronco encefálico, à medida que o aparelho emite estímulos sonoros.
Esses estímulos são responsáveis por gerar uma quantidade mínima de eletricidade, que é captada pelos eletrodos e transmitida para o equipamento, uma espécie de monitor, para que possa ser analisada pelo médico.
Em adultos, não é necessário nenhum tipo de cuidado. Entretanto, em bebês e crianças pequenas, o procedimento pode causar incômodo. E esses pacientes podem não colaborar para a realização do exame. Nesses casos, o potencial evocado auditivo de tronco encefálico é realizado durante o sono natural.
Esse procedimento dura cerca de 10 a 30 minutos, por isso especialistas recomendam que o pequeno realize o exame em um horário que esteja habituado a dormir para não se mexer muito e acabar interferindo no resultado da avaliação.
É interessante agendar o exame em um horário que a criança está habituada a dormir. Outra forma é privar um pouco as horas de sono antes do procedimento. Quando não é possível a realização do exame com a criança dormindo, realiza-se o exame em centro cirúrgico, sob sedação. O procedimento dura cerca de 10 a 30 minutos.
Contraindicação
- Pacientes com distúrbios neurológicos, como a esclerose múltipla, podem apresentar limitações em casos de PEATE. Isso porque o exame avalia a atividade elétrica do tronco encefálico, e esses distúrbios podem afetar a condução dos impulsos elétricos, comprometendo os resultados.
- Idosos costumam apresentar redução na sensibilidade auditiva, o que pode afetar a interpretação dos resultados.
- O exame não é recomendado para pessoas com problemas no ouvido médio, como perfurações no tímpano, pois a estimulação sonora pode causar danos ao sistema auditivo. Pacientes com epilepsia também devem evitar a realização do teste, uma vez que a estimulação sonora pode desencadear uma crise convulsiva.
Em resumo, o potencial evocado auditivo do tronco encefálico é um exame importante para a avaliação da audição, mas é preciso levar em consideração as possíveis limitações e contraindicações para sua realização. É importante que o paciente seja avaliado pelo médico otorrinolaringologista, que vai indicar a necessidade do exame e verificar se existem fatores que possam interferir nos resultados.
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