Dificuldade de compreensão de sons
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Como saber se a criança tem dificuldade de compreensão de sons?
Você sabe identificar se uma criança apresenta dificuldade de compreensão de sons? É importante que pais, mães, responsáveis e educadores estejam atentos a isso.
Esse problema pode se manifestar como agitação em locais barulhentos, desatenção e distração frequente ou mesmo disse culdade na alfabetização e troca de letras.
Esses sinais podem indicar um Distúrbio do Processamento Auditivo Central (DPAC), uma alteração no processamento do som.
Primeiramente, processamento auditivo nada mais é do que a capacidade do cérebro em utilizar a informação recebida pelos ouvidos.
Então, o DPAC é um problema de interpretação do som. Nesses casos, apesar do sistema auditivo estar íntegro, o cérebro não consegue processar as informações recebidas.
O distúrbio afeta as áreas do cérebro responsáveis por um conjunto de processos que vão da detecção à interpretação das informações sonoras.
Consequentemente, a pessoa ouve claramente a fala humana, mas tem dificuldades em interpretar a mensagem recebida.
Causas do DPAC
Existem diversas possíveis causas para o surgimento do deste distúrbio:
- genética;
- otites de repetição;
- lesões cerebrais, como traumatismo craniano, tumor cerebral ou meningite;
- distúrbios neurológicos;
- exposição a neurotoxinas, como envenenamento por chumbo;
- problemas durante a gestação ou no momento do parto;
- nascimento prematuro;
- entre outras.
Devido às mudanças que esse distúrbio promove no comportamento das crianças, por vezes ele pode ser confundido com TDAH. Por isso, esta alteração envolve muitos profissionais para o diagnóstico.
Vale ressaltar que estamos falando de crianças, mas esse distúrbio pode também aparecer em adultos, principalmente idosos.
Existe tratamento?
A boa notícia é que existe um tratamento, uma terapia específica, por meio da qual é possível tratar e reverter este quadro.
Primeiramente, é possível realizar um treinamento auditivo, além do estímulo às habilidades da audição por meio de estratégias auditivas, bem como da fala, da escrita e da memória.
Dependendo do caso, a utilização de aparelhos auditivos pode ser recomendada, para complementar o tratamento e otimizar os resultados, ampliando a capacidade de a pessoa ouvir.
No caso das crianças, a escola também precisa ser uma parceira do tratamento, de forma que seja uma facilitadora, entendendo as necessidades da criança e viabilizando a aprendizagem.
Para quem convive com alguém que tem DPAC, algumas dicas:
- falar frases curtas e simples;
- falar de maneira pausada;
- reduzir os ruídos no ambiente para os estudos.
É fundamental que a pessoa com esse distúrbio ou qualquer outra dificuldade de audição seja acompanhada por uma equipe profissional e especializada. Nós da Clínica ORL podemos ajudar!